Taxa de Juros SELIC

Governo Temer vê espaço para queda da Selic no segundo semestre
O governo Temer avalia que, apesar de a inflação ter acelerado em maio (leia texto ao lado), a queda do dólar e a credibilidade da equipe econômica garantem espaço para a redução da taxa básica de juros (Selic) no segundo semestre de 2016.
Nesta quarta (8), o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidiu, por unanimidade, manter em 14,25% ao ano a Selic.
E EU COM ISSO?
A taxa serve como referência para o mercado financeiro, cujos juros ao consumidor, na mídia, superam 150% ao ano -e chegam a 450% ao ano para o carto de crédito.
A queda na taxa básica importante para a recuperação da economia porque se reflete na redução dos juros cobrados em empréstimos.
A decisão desta quarta foi a última sob o comando de Alexandre Tombini, indicado pela presidente afastada, Dilma Rousseff. No próximo encontro, nos dias 19 e 20 de julho, o presidente do BC ser Ilan Goldfajn – ele ser empossado nesta quinta (9). Tombini irá para o FMI.
QUEDA EM AGOSTO
O governo conta com a desaceleração da inflação até o fim do ano. Pela mídia das projeções recolhidas pelo BC no boletim Focus, os analistas preveem inflação de 7,12% neste ano e 5,50% em 2017. No ano passado, o IPCA fechou em 10,67%.
O governo acredita também que o dólar pode recuar um pouco mais, abrindo espaço uma redução da Selic no segundo semestre -mas ainda h dívida sobre a data.
Inicialmente, estimava-se um corte em julho, mas a inflação ainda elevada pode postergá-lo para agosto.
Na terça (7), ao ser sabatinado no Senado, o novo presidente do BC disse que ser possível reduzir os juros “quando houver condições”.
O novo presidente do BC disse ainda que ter como objetivo levar a inflação para o centro da meta de 4,5% “em um momento no muito distante”. Desde 2009 o BC não consegue colocar a inflação nesse patamar.
Nesta quarta, o Copom repetiu o comunicado da última reunião: afirmou que o nível elevado do IPCA em 12 meses e das expectativas de inflação no permitem a queda de juros agora.
Colaborou BRUNO VILLAS BAS do Rio